Em atuação marcada pela inteligência no contra ataque, a Ponte Preta venceu o Guarani por 3 a 2, em dérbi válido pela quarta rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, a Macaca fica posicionada com seis pontos e mais próxima dos líderes, enquanto o Bugre fica com apenas três e vai buscar a reabilitação na terça-feira contra o Criciúma, novamente em casa. Já a Alvinegra joga contra o Vila Nova, domingo, às 16h, fora. Antes, na quinta-feira, joga contra o Flamengo pela Copa do Brasil.
A Ponte Preta não ligou para o fato de atuar no Brinco de Ouro. Adiantou sua marcação, buscava forçar o erro na saída de bola do Guarani e atuava em velocidade com André Luis e Orinho na tentativa de arremate. A estratégia gerou o lance mais polêmico aos 03 minutos: após o cruzamento, Edson Silva cortou e deixou para escanteio. Os jogadores pontepretanos reclamaram de pênalti na jogada. Ao consultar o auxiliar, Leandro Pedro Vuaden confirmou o escanteio.
Atrapalhado e ansioso na construção das jogadas, o Guarani contou com a bola parada para abrir o placar aos 12. Bruno Nazário bateu o escanteio, Éverton Alemão cabeceou na direção do gol e Danilo Barcelos meteu para o próprio gol.
Após um abalo inicial, a Ponte Preta não desistiu. Utilizava as triangulações pelos lados para buscar a linha de fundo e construiu o empate aos 21 minutos. Danilo Barcelos cobrou o escanteio e Reginaldo meteu de cabeça para deixar tudo igual.
A virada aconteceu aos 24. Em retomada rápida de bola, Igor Vinícius dominou e deu uma virada para André Luis dominar e encher o pé para virar o marcador.
O Guarani sabia que seu poderio ofensivo poderia desequilibrar e tratou de sair em busca do seu DNA e quase chegou lá aos 30, em chute de Rondinelly e defendido por Ivan.
Seria loucura desprezar o contra-ataque pontepretano e a troca de passes. Isso quase gerou nova surpresa aos 37, quando o cruzamento de Igor Vinícius encontrou Felippe Cardoso. O camisa nove tocou e Bruno Brigido fez defesa difícil. O troco veio aos 44, em falta cobrada por Rondinelly e o complemento de Bruno Mendes para fora.
Cenário inalterado no segundo tempo, com o Guarani com a posse de bola e a Ponte Preta focada em puxar o contra-ataque, como aos 08, em conclusão de Tiago Real e defendido por Bruno Brígido. A ducha de água veio três minutos depois. Danilo Barcelos cruzou e André Luís, livre, ampliou a vantagem.
O Guarani não desistiu. Fez alterações – entradas de Anselmo Ramon e de Rafael Longuine – e lançou-se ao ataque. Deu uma sobrevida ao torcedor bugrino aos 26, quando Renan Fonseca derrubou Rafael Longuine dentro da área. Rondinelly cobrou o pênalti e diminuiu.
Nos minutos finais, as duas equipes ficaram determinadas a buscar o ataque, mas a Ponte Preta segurou a vitória no clássico.
FICHA TÉCNICA: GUARANI 2 x 3 PONTE PRETA
GUARANI: Bruno Brígido; Lenon, Éverton Alemão, Edson Silva e Marcílio; Baraka (Denner) e Ricardinho; Bruno Nazário, Rondinelly e Erik (Rafael Longuine); Bruno Mendes (Anselmo Ramon).
PONTE PRETA: Ivan; Igor, Renan Fonseca, Reginaldo e Orinho; André Castro, Paulinho (Lucas Mineiro) e Tiago Real; André Luís (Roberto), Danilo Barcelos e Felippe Cardoso.
Gols: Danilo Barcelos (contra), aos 11 min do 1T, Reginaldo, aos 22 min do 1T, André Luís, aos 25 min do 1T e aos 10 min do 2T e Rondinelly, aos 27 min do 2T
Cartões Amarelos: Éverton Alemão e Baraka (GFC); João Vitor, Renan Fonseca e Danilo Barcelos (AAPP)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Local: Estádio Brinco de Ouro – Campinas/SP
Público pagante: 18.078
Renda: R$ 257.928,00
(crônica: Elias Aredes Junior/foto: Ponte Press)