Roger e Wellington Paulista Juntos? Porque não?

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Aqui o papo é direito e reto. Dá para pensar em um ataque com Roger e Wellington Paulista na Ponte Preta neste Brasileirão? Minha resposta é: porque não? Ciente de que maioria dos torcedores da Macaca está concentrada em driblar a desconfiança na equipe – fruto da campanha ruim no Paulista e dos poucos reforços apresentados até agora (sete, por ora) – é claro que pergunta destoa do contexto do início da semana de estreia do time no Brasileiro (domingo, contra o Figueirense, em Florianópolis). É bom lembrar que na quinta tem jogo de volta contra o Genus, pela Copa do Brasil.

Aliás, a atuação irregular do time na última quinta-feira, dia 5/05, ainda que tenha vencido por 1 a 0 o Genus, está entre os principais termômetros de justificativa da descrença da torcida. Ok. O time demonstrou sim carências, especialmente nas laterais e na zaga, mas também teve pontos positivos, como maior variação tática e um Wellington Paulista mais solto em campo. O jogo em si, por sinal, dá a deixa que de Roger poderia sim ser o companheiro de ataque, especialmente quando Raynner e Leo Cereja estão aquém do esperado.

Seria muita ousadia? Quem sabe? Talvez seja este o ingrediente que anda faltando na Macaca neste ano de 2016. Um elemento surpresa para a previsibilidade de um, por exemplo, esperado duelo entre os dois atacantes de características semelhantes. Alguém aí arriscaria dizer que Roger e WP seriam o mesmo exemplo de Ronaldo e Adriano juntos no Corinthians?

O próprio Eduardo Baptista tem um exemplo caseiro. Em 2015, na boa passagem do treinador pelo Sport,  em diversas oportunidades fez uso da dupla André e Hernane no ataque. Parceria que começou com um revezamento, tal como deve ser em Campinas, e que acabou sendo das mais improváveis (mas funcionou).

Claro que, futebol é conjunto. E por mais talento individual de um ou de outro, se o grupo não encaixar, nada funciona. É como questionar-se porque o atacante Borges não emplacou na Macaca mas, ontem, comemorou o título do mineiro, com direito ao passe que deu origem ao título. Ou como lamentar que Gilson Kleina e Jorginho tenham dado, no final de semana, os títulos estaduais para, respectivamente, Chapecoense e Vasco. Ah, mas aqui o título não veio….!!!

Não veio por uma série de fatores, especialmente porque futebol é um jogo de equipe. Sendo assim, o mais importante para o sucesso é ter um grupo e não talentos únicos. Penso que a chegada de Thiago Gallardo, que deve ser apresentado na quarta, é mais um ponto positivo para um ataque “feroz” da Macaca. Será que vai ter chuva de gols? Testa ai Baptista!

(análise feita por Adriana Giachini)