O técnico Marcelo Chamusca requisitou um centroavante para completar o ciclo de contratações para a Série C do Campeonato Brasileiro. Quer montar um ataque forte e pronto para definir jogos e que esteja talhado para as fases decisivas. Se levarmos em conta o retrospecto ofensivo bugrino na Série C, o treinador está coberto de razão.
Em 2013, o time comandado por Tarcisio Pugliese anotou 15 gols em 18 rodadas e teve como artilheiro Laionel com quatro gols. No ano seguinte, com Evaristo Piza e posteriormente com Marcelo Veiga, o Alviverde balançou as redes 14 vezes e Fumagalli foi seu principal marcador com cinco gols. No ano passado, primeiramente com Ademir Fonseca e posteriormente com Paulo Roberto e Pintado, o Guarani fez 23 gols e Fumagalli honrou o seu faro de gol e anotou 9.
Ao pesquisarmos os ataques principais de cada edição, a produção bugrina deixa a desejar. Mas existe um detalhe curioso: ninguém que exibiu o melhor ataque na fase inicial conseguiu o acesso. Em 2013, o Fortaleza anotou 38 gols e ficou na quinta colocação do Grupo A. Na edição seguinte da terceirona, o Guaratinguetá marcou 32 gols e terminou fora da zona de classificação. E no ano passado, três equipes anotaram 30 gols na parte inicial da terceirona: Juventude, Portuguesa e Fortaleza. Ninguém celebrou o acesso. Pior: o Fortaleza, então comandado por Chamusca, não furou o bloqueio arquitetado pelo Brasil de Pelotas no Castelão e amargou nova eliminação.
Qual a lição? Simples: não adianta ficar fissurado em ataques positivos e que façam a alegria das arquibancadas, se na hora da decisão o equilíbrio tão necessário com a defesa ficar ausente. Uma dica para a comissão técnica bugrina: pense em todos os detalhes para o lamento não aparecer na hora da decisão.
(análise feita por Elias Aredes Junior)