O Flamengo ganhou os 90 minutos iniciais por 1 a 0. No Majestoso. É líder do Campeonato Brasileiro com 10 pontos. Tem uma defesa que sofreu apenas dois gols em quatro partidas. A torcida está entusiasmada e deve lotar o estádio de maior magia do planeta.
Em contrapartida, a Ponte Preta está com seis desfalques, atua na Série B e excetuando-se a apresentação no dérbi, não concedeu nenhum motivo para acreditar em classificação diante de um participante da Copa Libertadores da América.
Isso quer dizer que a Ponte Preta é carta fora do baralho? Não. Apesar dos desfalques, problemas de escalação e a diferença financeira entre as equipes existe ainda um predicado poderoso para a Macaca agarrar-se: o sistema de disputa da Copa do Brasil.
O mata-mata com dois jogos em 180 minutos permite a construção de uma estratégia específica para cada jogo.
A vitória contra o Flamengo é difícil? Não há dúvida.
Um triunfo por diferença de um gol e tudo fica nivelado. Atuar no contra-ataque é algo que a Ponte Preta deve e saber fazer.
Com Felipe Saraiva, abre-se uma chance de trabalhar pelos lado do Rubro-Negro carioca, cheio de altos e baixos perante a opinião pública. Concentração pontepretana e a instabilidade flamenguista e a decisão por pênaltis surge no horizonte. Diego Alves é um pegador de pênaltis de raro talento, mas o jovem Ivan pode surpreender.
Sem contar o básico: pense que a lua de mel do Flamengo com a torcida é recente e frágil. Antes, agressões em aeroportos e cobranças sobre Diego e outros astros eram rotina. Uma atuação irregular e tudo pode voltar. O Maracanã de alcapão para o oponente pode virar um inferno ao próprio anfitrião.
O Flamengo é favorito? Sim. A vantagem é tremenda? É. Tal cenário não impede a Ponte Preta de sonhar e lutar. Se não der certo, pelo menos o técnico Doriva e os jogadores fizeram a sua parte.
(análise feita por Elias Aredes Junior)