A falta de certeza nas escolhas do treinador é a principal característica da Ponte Preta nas duas últimas décadas. Desde o início da gestão de Sérgio Carnielli, em setembro de 1996, percorrendo por outros integrantes do grupo político – Márcio Della Volpe, Vanderlei Pereira e José Armando Abdalla Júnior -, apenas três treinadores conseguiram iniciar e terminar a temporada: Marco Aurélio Moreira (1999), Abel Braga (2003) e Gilson Kleina (2011).
“Eu acho que a diretoria tomou uma decisão e, se pecarmos, vamos pecar pela ação e não pela omissão. Temos dois compromissos importantes pela frente em casa. Se não conseguirmos os resultados esperados, a diretoria seria taxada de omissão. Pode não ser a decisão mais acertada, mas é a mais adequada para o momento”, disse Abdalla, atual presidente da Alvinegra, para explicar a queda de Doriva.
MARCO AURÉLIO MOREIRA:
No final dos anos 90, Marco Aurélio conquistou o acesso na Série A2 do Campeonato Paulista e foi o quarto colocado na primeira fase da Série A do Campeonato Brasileiro. Em 60 jogos, foram 28 vitórias, 17 empates e 15 derrotas.
ABEL BRAGA:
O grande feito do atual comandante do Fluminense foi ter salvo a Macaca do rebaixamento à segunda divisão em 2003. Na época, Abel tinha um time que sofria séria crise financeira e teve problemas com o abandono de mais de dez jogadores durante o campeonato em razão dos salários atrasados. No total, foram 58 jogos, 15 vitórias, 22 empates e 21 derrotas.
GILSON KLEINA:
Querido entre boa parte da torcida, Kleina conquistou o acesso à elite do futebol nacional em 2011. Ao todo, foram 61 partidas, 28 vitórias, 16 empates e 17 derrotas.
RELAÇÃO DE TÉCNICOS DA PONTE NO SÉCULO:
2012: Gilson Kleina e Guto Ferreira
2013: Guto Ferreira, Paulo César Carpegiani e Jorginho
2014: Sidney Moraes, Oswaldo Alvarez, Dado Cavalcanti e Guto Ferreira
2015: Guto Ferreira, Doriva e Felipe Moreira
2016: Vinícius Eutrópio, Alexandre Gallo e Eduardo Baptista
2017: Felipe Moreira, João Brigatti, Gilson Kleina e Eduardo Baptista
2018: Eduardo Baptista e Doriva
- obs: a relação não considera treinadores interinos
(texto e reportagem: Lucas Rossafa)