Por que considero José Duarte o maior treinador da história do futebol campineiro

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Nesta segunda-feira, dia 23 de julho, completam-se 14 anos do falecimento de José Duarte. Afável, educado, cheio de tiradas, o profissional está cravado na história do futebol campineiro.

Pessoas torcem o nariz porque considero o “Seo Zé”, o melhor treinador da história da cidade. Bugrinos evocam Carlos Alberto Silva, o campeão brasileiro de 1978. Os pontepretanos enumeram profissionais como Cilinho, Jair Picerni, condutor da equipe de 1981 e recentemente nomes como Guto Ferreira, Gilson Kleina e Jorginho. Respeito, mas discordo. Quero aproveitar este artigo para explicar de maneira mais pormenorizada. Se já abordei o tema, peço desculpas com antecedência.

Na Ponte Preta, times estão na memória afetiva. O elenco campeão em 1969 na segunda divisão, os vices regionais nos anos de 1970, 1977, 1979, 1981, o terceiro lugar na Taça de Ouro no início da década de 1980, o vice-campeonato da Sul-Americana em 2013 e o time de 2001, semifinalista do Paulistão e da Copa do Brasil.

De todos estes citados, Zé Duarte dirigiu os elencos de 1977 e 1979, sendo que o primeiro é considerado por muitos o melhor da história da Macaca. Isso sem contar a conquista de 1969.

Passe ao Guarani. “Zé do Boné” foi campeão da Taça de Prata de 1981 e terceiro do Brasileirão do ano seguinte. Perdeu para o timaço do Flamengo. Pergunta: qual outro técnico construiu tantos trabalhos de excelência nos dois clubes ?

Zé Duarte tinha ainda uma maneira simples e humilde, hoje características quase inexistentes nos outros técnicos. Foi forjado no futebol amador da cidade, atuou nas categorias de base e era campineiro nato. Vivia, amava a cidade e tinha o respeito das duas torcidas. Fato raro nos dias hoje, diga-se de passagem.

Envolvia-se de modo paternal com os atletas e extraía um potencial aparentemente distante. Sem Zé Duarte, o rendimento de Jorge Mendonça nos anos de 1981 e 1982 seria impensável.

Repito: entendo e compreendo os argumentos em relação aos outros profissionais. Considero vários argumentos válidos, como por exemplo, a excelência de Carlos Alberto Silva no comando ou de Cilinho na questão tática. Não consigo imaginar a história do futebol campineiro sem Zé Duarte e sua contribuição.

(análise feita por Elias Aredes Junior)