Ponte Preta: o destino pede para o clube fazer história na Copa do Brasil. Vai aproveitar?

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Talvez a diretoria e os jogadores da Ponte Preta não tenham noção do tamanho da porta escancarada pelo destino para fazer história no futebol brasileiro após o empate com sabor de vitória obtido diante do Atlético Mineiro por 1 a 1 no Mineirão.

Na prática, uma nova igualdade sem gols leva a Macaca para a fase seguinte da competição. E mais: algumas circunstâncias que não estavam presentes, por exemplo, na campanha do vice-campeonato da Sul-Americana de 2013 agora dão tranquilidade ao técnico Eduardo Baptista.

Quando surpreendeu o Velés Sarfield no dia 07 de novembro de 2013 na cidade de Buenos Aires, o time do então treinadorJorginho tinha dois entraves. O primeiro era a situação na classificação do Campeonato Brasileiro. A Macaca era a 18ª colocada com 34 pontos com 32 rodadas disputadas e encontrava-se dois pontos abaixo do Vasco da Gama, o primeiro fora da zona do rebaixamento.

Ou seja, depois da vitória história contra o time argentino, a Macaca poderia sair da zona da degola se vencesse o Vitória no Majestoso, partida válida pela 33ª rodada e posteriormente torcer por tropeços da Portuguesa, com 35 pontos e do próprio Vasco da Gama, além do Fluminense, com 36 pontos. Com essa combinação de resultado a chance de sair do sufoco era real.

A parte inicial aconteceu porque a Lusa empatou com o Coritiba sem gols e alcançou os 36 pontos e o Vasco e  ficou no 2 a 2 com o Santos, além do Fluminense, derrotado pelo Corinthians. Resultado: o Vasco ficou com 37 pontos. Como na época Vasco e Macaca tinham 9 vitórias cada um antes da rodada, um triunfo da Alvinegra lhe deixaria fora da zona com o mesmo número de pontos do Vasco da Gama e fora da zona pelo número de vitórias (10 a 9). Quem sabe concederia fôlego para fugir em definitivo da degola. Mas na época uma escolha foi feita e a derrota por 3 a 0 para o Vitória teve um tom de resignação.

Motivo: fisicamente o time estava no limite. Não havia como administrar duas competições, especialmente porque após classificar-se as semifinais, a Ponte Preta jogou contra o São Paulo já no dia 20 de novembro. Calendário massacrante e extenuante.

Hoje, o quadro é diferente. A Ponte Preta está na sétima colocação do Brasileirão com 31 pontos e luta muito mais pela parte acima da tabela do que na zona da degola. Eduardo Baptista tem poucos jogadores lesionados e fisicamente há possibilidade de exigir em virtude da decisão na Copa do Brasil acontecer no dia 21 de setembro. Ou seja, são 27 dias de intervalo entre um jogo e outro. Até lá, um número maior de pontos pode ser obtido para conseguir ficar ainda mais próximo dos ponteiros e se bobear poupar um ou outro jogador no confronto diante da Chapecoense, fora de casa, marcado para o dia 18 de setembro.

O time é competitivo. O técnico é estudioso. O calendário ajuda. A torcida está ávida por participar de uma nova fase decisiva. Convenhamos: a história e o destino pedem para a Ponte Preta ser protagonista. Não é de bom tom desperdiçar.

(análise feita por Elias Aredes Junior)