Gilson Kleina vive lua de mel com a torcida pontepretana. Três jogos, três vitórias. 100% de aproveitamento. Livre do rebaixamento. Sonho do acesso reavivado. Vai com a cara e a coragem enfrentar o Fortaleza no Castelão. Contra tudo e contra todos.
Independente do que ocorrer até o final, ficou claro que a recuperação ocorreu por obra exclusiva do poder motivacional do treinador e de sua capacidade de entender que não poderia inventar a roda. Joga contra-ataque e ponto final. É de se perguntar quando os componentes da diretoria executiva e do departamento de futebol profissional começarão a ajudar efetivamente para levar a Ponte Preta mais longe.
Perceba: nos bons momentos da temporada, os protagonistas fora do campo nunca foram os diretores ou responsáveis pelo time. Brigatti foi elevado a deus. Doriva foi eleito o responsável pela vitória no dérbi. Gerente de futebol? Presidente? Dirigentes? Coadjuvantes obscuros ou figurantes apagados.
Não verificamos um único trabalho de bastidores de autoria da diretoria. Nenhuma movimentação para sustentar o treinador, seja ele quem for.
Em sua curta passagem pelo Majestoso, Marcelo Chamusca implicou de colocar a equipe para tomar a iniciativa nas partidas. De marcar em cima e buscar o gol. Nada de contra-ataque. Nem fora de casa. Pense: será que nenhum dirigente chegou nele e avisou sobre as características do elenco, suas nuances e características? Será que o desastre não seria evitado com um diretor de futebol sendo enfático sobre as características do time? Pois é.
Dessa vez o felling e a tarimba de Gilson Kleina salvou o time. Espera-se que em 2019, o futebol seja comandado de fato e de direito de quem é nomeado para tal missão.
(análise feita por Elias Aredes Junior)