Roberto Graziano fez nesta terça a sua apresentação da proposta de terceirização aos componentes do Conselho Deliberativo. Na quarta-feira, será a vez de Nenê Zini, e posteriormente todos os conselheiros e sócios irão definir o novo responsável pelo departamento de futebol.
No caso do proprietário da Magnum considero que um aviso é importante ser dado: O Guarani não lhe pertence.
O fato de ter feito um negócio para tomar posse do estádio Brinco de Ouro da Princesa e viabilizar um patrocínio mensal de R$ 350 mil por mês não lhe dá direito de por exemplo, utilizar a reunião do Conselho para contestar sobre determinadas obrigações dos clubes.
O Guarani é uma associação sem fins lucrativos e não tem dono. Pode e deve fazer parcerias para sustentar sua saúde financeira. Só que os envolvidos não tem o direito de considerarem que são acima do bem e do mal. Graziano ajudou em 2014 para tirar o Guarani da Série C? Verdade absoluta. Investiu para trazer Rodrigo Pastana e conseguir o acesso na Série C? Ninguém nega.
Mas em 2011, o Guarani tinha oito meses de salários atrasados e só escapou do rebaixamento graças a tenacidade do falecido técnico Giba e do preparador físico Walter Grassmmann que sustentaram a união apesar da conjuntura adversa.
Após conseguirem o feito, ninguém saiu por aí com peito estufado e com a convicção de que era o novo proprietário do clube. Os envolvidos sabiam principalmente que prestarem um serviço a uma comunidade e o reconhecimento viria por intermédio de novas propostas profissionais e pelo domínio direto e indireto do clube.
Fato é que Roberto Graziano poderia aprender com o empresário Henry Ford, autor de uma definição muito boa sobre dinheiro: “Se o dinheiro for a sua esperança de independência, você jamais a terá. A única segurança verdadeira consiste numa reserva de sabedoria, de experiência e de competência”. Isso é que deve procurar o Guarani. O resto é acessário.
(análise feita por Elias Aredes Junior)