Ainda no final de 2017 foi prometido que brigariamos pelo título do Paulistão de 2018. Mas a realidade se mostrou o oposto disso. Eduardo Baptista sem opções no banco de reservas apelou à base e apostou nas jovens promessas para o primeiro confronto do ano frente o Corinthians na capital. Vitória que escondeu e iludiu perto do que viria para o decorrer do campeonato.
Levamos o Título do Interior para fortalecer o até então interino João Brigatti e acobertar um departamento de futebol inoperante e uma diretoria rachada.
Nessa pegada, fomos indo na Copa do Brasil. Mais longe do que imaginávamos. Caimos em pé no Maracanã e honrou nossa camisa.
Nesse embalo, fizemos, na época, a melhor sequência de jogos – em qualidade técnica – do ano. Grandes jogos contra o Flamengo e a vitória incontestável, com grande autoridade no Derbi e já sob comando de Doriva.
Doriva caiu pouco tempo depois juntamente com a qualidade técnica e a intensidade dos jogadores. Brigatti assumiria – mais uma vez – a equipe e fez alguns milagres.
Passou incríveis 12 rodadas como interino e pouco depois de ser efetivado, foi demitido por ter chegado ao seu limite com o que tinha disponível, tecnicamente falando.
Desde a saída de Baptista, todos sabiam que a Ponte havia sondado Chamusca.
O sonho da diretoria se tornava realidade. Chamusca veio e fez o que a torcida já esperava dele. Nada! Atrasou ainda mais o time técnicamente e deixou o Majestoso com o time em cacos e entregue.
Gilson Kleina ressurgiu juntamente com Sergio Carnielli. Voltaram sincronizados. Enquanto um voltava a política com mais força o outro tentava se reencontrar como técnico depois de trabalhos bem fracos. No campo deu certo. Nos bastidores continua a bagunça.
2018 foram 5 trocas de treinador contando as vezes em que Brigatti assumiu.
O fato é que mais uma vez, um ano se passou e a Ponte Preta muitas vezes se viu a deriva. Sem rumo em diversas oportunidades.
Para alguns torcedores o campo basta. Mas não existe milagre. Se administrativamente o clube não funciona, o reflexo vai à campo uniformizado e é titular absoluto.
Não podemos deixar que uma, duas ou três vitórias seguidas nos faça esquecer os desmandos e, por fim, acabamos nos iludidos de novo e de novo.
Quem dirige a Ponte sabe – ou deveria saber – das carências que assolam nossa torcida. Mas são incompetentes para sanar essas necessidades e têm preguiça de dialogar com a massa.
O acesso é muito mais do que importante, é fundamental para a saúde financeira da Ponte Preta para conseguir seguir em frente.
Por isso, mais uma vez e sempre, vai pra cima deles Ponte!
(artigo de autoria de André Gonçalves)