A Ponte Preta está próxima da divisão de elite. Ganhou três pontos deitada no sofá com a derrota do Londrina para o CRB por 2 a 1, na sexta-feira, no estádio do Café. Um adversário a menos. Independente do resultado entre CSA e Avaí, é lógico que a equipe liderada por Geninho vai desembarcar com esperanças no estádio da Ressacada. A Macaca deve ignorar os fatos. Não pode cair na tentação.
Muito simples entender o conceito. O time pontepretano tem um dos melhores desempenhos como visitante na Série B. Em 18 jogos, a Alvinegra campineira tem oito vitórias, cinco empates e cinco derrotas, um aproveitamento de 53,7% dos pontos disputados. E a formula que lhe consagrou foi mantida, seja qual fosse o técnico: pegada forte de marcação na zona intermediária do gramado, encurtamento dos espaços quando o oponente chega próximo da sua área e um contra-ataque contundente, cujo condutor é André Luiz, e Junior Santos como coadjuvante devido a sua força física.
Apesar da força ofensiva , das opções com Renato, Rodrigão e o desafogo com o lateral-esquerdo Capa, as dificuldades do oponente catarinense como mandante são evidentes. Tanto que seu aproveitamento é de 51,9%. Como comparação, basta dizer que o campeão Fortaleza, após vencer o Juventude terminou com aproveitamento de 75,4% na Arena Castelão.
O retrospecto de sete vitórias e um empate não pode fazer a Macaca cair na tentação de tomar a iniciativa de jogo e de encurralar o Avaí em seu campo. Se o acesso está palpável é porque o time admitiu suas limitações e apostou na velocidade e na exploração dos espaços para triunfar. Abrir mão dessa fórmula é suicídio. Coletivo.
(análise feita por Elias Aredes Junior)