Guarani, Elano e Evair: atitudes isoladas não comprovam cabalmente amor pelo clube

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Circula nas redes sociais um vídeo do ex-jogador Elano em uma quadra de areia do complexo do estádio Brinco de Ouro. Afirma encontrar-se emocionado por retorno ao clube que lhe deu respaldo. Dias antes, o ex-centroavante Evair foi recebido com pompa e circunstância para virar sócio patrimonial. Á primeira vista, muitos podem argumentar que os ex-atletas fizeram um gesto de declaração de amor ao clube. Com o perdão da expressão eu digo: alto lá.

Só existe um ex-jogador que a torcida bugrina pode e deve reverenciar por declarar seu amor ao clube e que defende nos meios de comunicação: Márcio Amoroso. Apesar dos 44 jogos com a camisa bugrina, nunca esqueceu suas origens e exibe gratidão. Para não ser injusto, Renato Morungaba  em patamar inferior também toma tal atitude. Neto? Com todo o respeito ao ex-atleta e apresentador, fala do Guarani em 20% do tempo. O restante, Corinthians. Ele queira ou não essa é a realidade.

E o restante? Bem os outros ex-jogadores ou pecam pela omissão ou pela total ingratidão. Existem atletas revelados ou projetados pelo Guarani que falam de seus feitos no Corinthians, Palmeiras, Flamengo, Fluminense, Grêmio futebol do exterior e são incapazes de ressaltar  o Alviverde .

Excetuando-se Amoroso, o Guarani não tem um “embaixador” formal ou informal como Marcos, do Palmeiras, Zico, do Flamengo ou Reinaldo do Atlético Mineiro. Gente orgulhosa de ter vestido a camisa bugrina e de compartilhar os sofrimentos.

Querem um exemplo: qual ex-jogador do passado assumiu a linha de frente em defender o  Guarani e denunciou e reclamou dos desmandos no período de rebaixamentos e vacas magras na Série C? Não é a toa que Fumagalli goza do respeito das arquibancadas. Jogou com intensidade e incorporou o sofrimento de quem pagava o ingresso.

Desculpem a franqueza, mas estes ex-jogadores com tais atitudes comportam-se como o pai que não dá carinho, atenção e assistência ao filho e acha que comprará o seu amor com uma ida ao cinema. Em todas as áreas da vida, o amor não é gerado por milagre. É construído. Passo a passo. E sem querer nada em troca.

(análise feita por Elias Aredes Junior)