Nem tudo é sofrimento no futebol campineiro. Apesar do espiral de incompetência que reina nos gabinetes do Brinco de Ouro e do Majestoso, os trabalhos dos responsáveis pelo departamento de futebol profissional viabilizaram conquistas que não podem ser desprezadas. E olha que falamos de dois clubes que em quatro jogos realizados em casa nas últimas duas rodadas não conseguiram 10 mil pessoas no total.
Com a vitória da Macaca sobre o Botafogo e os 14 pontos do Alviverde o derbi do Paulistão de 2020 já está assegurado. Não é pouca coisa. A simples existência da partida institui uma concorrência feroz e de busca de desempenho para continuar na pior das hipóteses em igual nível ao do rival. Talvez o único lado negativo seja o espírito provinciano gerado pela rivalidade o que provoca uma falta de ambição para saltos maiores, nem que seja em médio e longo prazo.
A segunda parte da temporada não pode ser desprezada. Não serei hipócrita em apagar da mente o desejo de reviver um clássico campineiro na divisão de elite do Brasileirão. Só que a garantia de dois jogos na segundona nacional é também o carimbo de presença em um pelotão destacado. Basta dizer que dos 27 estados da Federação apenas 10 estão representados no certame: AL (CRB) / BA (Vitória) / GO (Atlético-GO e Vila Nova) / MG (América) / MT(Cuiabá) / PE (Sport) / PR (Londrina, Paraná, Operário e Coritiba)/ RS (Brasil de Pelotas) / SC (Criciúma, Figueirense) / SP (Guarani, Ponte Preta, Botafogo, São Bento, Oeste e Bragantino).
Desde 2004 não temos um jogo entre Ponte Preta e Guarani na principal divisão do futebol brasileiro. Que o patamar conquistado em 2019 seja inspirador para galgar novos degraus.
(análise feita por Elias Aredes Junior)