Com o final do carnaval, o futebol brasileiro volta a sua rotina de jogos e treinamentos. E o futebol campineiro não foge de tal regra. Vamos começar a viver o clima do dérbi, marcado para o dia 16 de março e talvez as quartas de final ou de Torneio do Interior do Paulistão, além da Série B do Campeonato Brasileiro.
Independente disso, os torcedores querem reforços. Nem bugrinos e pontepretanos estão satisfeitos. Querem melhoria imediata. Para transformar tal fator em realidade existe uma realidade e um desafio.
Os números mostram que existe uma realidade concentração de renda cada vez maior. De acordo com dados da Pluri Consultoria, as equipes do Flamengo, Palmeiras, Corinthians e São Paulo concentram 36% de toda a arrecadação do futebol nacional, segundo dados de 2017. Deve ser pior agora. Em 2009, o percentual era de 30%.
Ou seja, Ponte Preta e Guarani precisam sobreviver de centavos. Do pouco fazer muito. Seria de bom grado fazer a pergunta: o caminho adotado é correto? As contratações realizadas nos últimos anos não agradaram no Majestoso ou no Brinco de Ouro. Apesar do bom andamento e resultados expressivos, as categorias de base não revelaram jogadores aos borbotões. Sim, existe um Davó e um Matheusinho dali e um Emerson acolá. Ou um Ivan para defender de quarta e domingo. Mas não há formação de base. Traduzindo: sete ou oito jogadores oriundos dos times Sub-20 para defender o time profissional.
O Guarani tenta novo caminho a partir da semifinal da Copa São Paulo. A Macaca aposta no Sub-23. Não sei se vai dar certo. Só algo é certo: sem descobrir as joias raras, tanto Ponte Preta e Guarani estão condenados ao ostracismo em médio e longo prazo.
(Elias Aredes Junior)