Temos duas situações antagônicas no futebol campineiro. De um lado, o Guarani que apesar da campanha satisfatória não consegue trazer satisfação ao seu torcedor. A maioria torce o nariz para o trabalho do técnico Osmar Loss. Você sobe a avenida e verifica Jorginho ainda blindado pelo inicio de trajetória. Se conseguir ultrapassar a fase inicial da Copa do Brasil ficará ainda mais encorpado. Fato.
Mas tanto um quando o outro precisa colocar o estado de atenção em nível máximo. De acordo com dados da Pluri Consultoria, em relação aos principais centros da modalidade no planeta, quem disputa a segundona nacional tem maior probabilidade de trocar de treinador. Cada time da Série B, no período de 2009 a 2017 trocou, em média, três vezes de treinador. Como comparação, basta dizer que na divisão de elite, a média ponderada é 1,7.
No ano passado, o Guarani ficou com Umberto Louzer em 37 rodadas da Série B, mas sempre com guilhotina no pescoço por causa da insatifação da torcida. Na Ponte Preta, a lista é bem mais extensa: Brigatti, Doriva, Marcelo Chamusca e Gilson Kleina.
Não há perspectiva de melhoria. Especialmente porque os dois clubes vivem uma crise política severa e que gera instabilidade no ambiente. Quando vence, o futebol serve de bombeiro; quando perde, os culpados são investigados para que com isso o foco seja tirado dos dirigentes.
Que Loss e Jorginho não se iludam. Trabalhar na Série B do Brasileirão e em Ponte Preta e Guarani é o passaporte para tensão nas 24 horas do dia.
(análise feita por Elias Aredes Junior)