O executivo de futebol da Ponte Preta Gustavo Bueno troca o pneu do carro. Duro é que ele está em movimento. Decidiu negociar os atletas de salários mais altos e trocar por atletas com ânsia de projeção profissional e de quebra aceitem ganhar salários mais baixos. O resultado seria imediato: corte na folha de pagamento, alívio nas contas do clube e segurança para terminar o ano.
Percebe-se a tentativa de contar com atletas experientes mas que estejam dentro de um teto salarial mais aceitável. Roger voltará com rendimentos mais baixos do que em suas passagens anteriores. Volante do Atlético-GO, Washington, de 30 anos poderá vestir a camisa da Macaca. Junta-se tudo isso a paciência do técnico Jorginho.
No papel, o plano é perfeito, especialmente porque tem a intenção de cortar salários incompatíveis com o atual futebol brasileiro. Pena que tenha alguns obstáculos.
O principal é o tempo. Tal planejamento deveria ter sido executado dentro da fase final do Campeonato Paulista e assim iniciar a Série B com um esquema mais bem acabado. Já vamos para o quarto jogo e certamente a Macaca que entrará em campo diante do Operário (PR) nesta sexta-feira não será a mesma que atuará na oitava rodada contra o Londrina.
Os dirigentes vão negar mas o fato é que novamente para disputar o acesso o time campineiro precisará contar com o acaso.
Cá entre nós: a história poderia ser bem diferente.
(Elias Aredes Junior)