Entendo que o estádio Moisés Lucarelli está longe de ser confortável. Compreendo o dia chuvoso, o período de vacas magras do país e a incapacidade da equipe em mobilizar as arquibancadas. Mas não dá para ficar inerte diante de um público da Ponte Preta contra o Operário que chegou a 1703 pessoas. Não tem sido positiva a presença do torcedor.
Contra o Criciúma, o confronto teve 2086 espectadores. De um jogo para a outro, a queda foi de 18,36%.. No ano passado, a média de publico foi de 4488 torcedores por jogo. Se compararmos com o público presente na sexta-feira, a queda é de 62,05%sobre 2018. Em relação ao jogo com o Criciuma, a queda em relação a média de público do ano passado é de 53,52%.
Já abordei este tema aqui e conversei com torcedores e o diagnostico é o mesmo: as disputas políticas e a qualidade do elenco desmotivam qualquer um.
É hora de deixar alguns marcos estabelecidos. Primeiro: a equipe é fraca tecnicamente. Como são todas que disputam a segundona. As dificuldades financeiras estão escancaradas a vista de todos. Diante das debilidades é preciso buscar saídas.
Ou seja, para ganhar os jogos só existe uma receita: um time focado no conjunto e um “doping extra” oriundo das arquibancadas. Transformar o fraco em regular. O razoável em bom. O bom em inesquecível.
Torcedor pontepretano: quer voltar a Série A? Ver o seu clube atuar contra os gigantes e abocanhar uma cota de televisão gorda e robusta? Pois eu digo que sem a união de todos os atores envolvidos (torcida, diretoria, jogadores e comissão técnica) a missão será iimpossível.
Se ninguém joga de modo eficiente pela Ponte Preta, o torcedor terá que preencher a lacuna. Antes que seja tarde.
(Elias Aredes Junior)