Jorginho e a recusa em sair da realidade paralela na Ponte Preta

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Após escapar das cobranças efetivas por causa do gol de Rafael Longuine e da conquista da primeira Vitória , o técnico Jorginho utilizou a entrevista coletiva para justificar o rendimento ruim no gramado, tanto na parte técnica como tática. Indiretamente, para ele, o principal obstáculo estava no esquema com três zagueiros adotado após a saída de Igor Henrique, Luis Ricardo, Renato Kayser e Julio César.

Sua análise foi curta e direta. “Primeiro precisamos lembrar que contra o Vila Nova fizemos uma boa partida e tivemos boas condições com 3 zagueiros, fomos ofensivos, mantivemos a posse no campo do adversário. Porém neste meio tempo perdemos cinco jogadores e os três que chegaram entraram no BID às 17 horas da véspera do jogo, tive um  treinamento só com eles só, e tinha ainda o Longuine voltando de contusão. Então não sou fã deste esquema, mas fui forçado a usar por um caso de  extrema necessidade”, disse.

Poderiamos ser condescendentes e aceitar o argumento, mas a verdade é única: a Ponte Preta na mão da atual comissão técnica só animou na vitória por 3 a 0 sobre o Guarani. De resto, ou ficou no meio do caminho ou a produção foi pavorosa.

Ao invés de discursos empolados e refinados, o treinador poderia treinar jogadas ensaiadas em escanteios e um posicionamento mais compacto.

Jorginho, aproveite o cheque especial gerado pelo gol salvador de  Rafael Longuine. Sem evolução, o fôlego gerado vai acabar rapidinho.

(Elias Aredes Junior)