Análise: Roger entrou e fez a diferença. Mas existe um longo caminho pela frente

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Roger cumpriu com maestria as suas funções na reestreia com a camisa da Ponte Preta. Fez gol, participou de outros, criou oportunidades e ofereceu um leque de opções táticas e técnicas para o técnico Jorginho que podem ser preciosas para a sequência da Série B do Campeonato Brasileiro.

Antes, um esclarecimento importante: não é o caso de elevar Roger ao status de um novo Rui Rei ou igualá-lo a Washington. Nada disso. O atleta de 34 anos ainda tem suas limitações. Mas diante da qualidade deplorável na competição na parte técnica sua presença poderá fazer uma diferença enorme. Um atleta com perfil para atuar em equipes médias e pequenas na divisão de elite do futebol brasileiro está inserido em um evento com cara muito mais de uma terceirona de inicio de década do que a segundona que aprendemos a conhecer.

Dito isso é preciso dizer que Roger já introduziu com maestria o trabalho de pivô nas imediações da área. E com isso proporciona que os armadores aproximem-se da grande área para o arremate. Quem acompanhou a partida percebeu a movimentação de Matheus Vargas, ora em busca de conclusão e outras pelo lado do campo. Basta recordar o gol de empate em que cabeceou para deixar a bola nos pés do novo camisa 9.

Como tem presença de área, Roger pode atrair a atenção dos zagueiros adversários e proporcionar uma série de jogadas ensaiadas. O primeiro gol, de autoria de Edson, é consequência direta de tal comportamento.

Em vários momentos, Roger saiu da área e foi pelo lado do campo e com eficiência, pois começou no futebol praticamente como segundo atacante. O que tal posicionamento transmite? Simples: não será delírio em determinados jogos Facundo Baptista ser o seu parceiro de ataque.

Ainda existe um longo caminho pela frente. A Ponte Preta certamente vai entrar na roda viva da Serie B em busca do olimpo. Com Roger à disposição, o leque ofensivo aumento de modo substancial. Boa notícia.

(Elias Aredes Junior)