Estamos com infinitas discussões sobre a validade ou não de continuar com Vinicius Eutrópio no comando do Guarani. No Brasil Esporte Clube desta quarta-feira, na Rádio Brasil o companheiro e amigo Prado Junior defendeu com unhas e dentes a permanência do técnico. Para ele, o problema é a deficiência técnica da equipe. Eu, Alberto César e o comentarista Jota Jorge consideraram que o problema central é que o comandante, apesar do tempo para treinamento, não deu uma cara a equipe. Tudo patina.
No debate acalorado perdemos um ponto fundamental. Se estamos aqui em busca de uma saída, também é pelo fato do Guarani ter interrompido o seu perfil histórico, que é a de dar chance a treinadores sedentos por um lugar ao sol.
Já abordamos este assunto neste Só Dérbi e nunca é demais lembrar. Treinador exitoso no Guarani é geralmente aquele primeiramente em equipes menores e depois brilha no Brinco de Ouro.
Foi assim com Carlos Alberto Silva, que saiu da Caldense cheio de esperanças e fez história. Umberto Louzer, antes de explodir no Guarani, teve passagens pelo Nacional e Paulista de Jundiaí, que hoje não tem o destaque anterior.
E neste ano? Começou com um profissional que, apesar de novato, trabalhou em clubes com estrutura muito melhores que as do Guarani e o seu sucessor é um cara do mundo da bola com muitos fracassos e alguns sucessos.
A diretoria está na dela em fazer o possível e o impossível para apoiar Vinicius Eutropio na continuidade do trabalho. Por outro lado, caso a mudança seja necessária, que a característica histórica do Guarani seja retomada. Para o bem de todos.
(Elias Aredes Junior)