O sucesso tem vários pais. Ninguém deseja ficar descolado da fama repentina. Todo mundo vende seu peixe. Na Ponte Preta não é diferente. Nos últimos dias, a presença no grupo de classificação e a retomada de esperança no acesso faz com que todos fiquem em reflexão para descobrir o protagonista. Talvez este seja o segredo. Não há mocinho ou vilão. Todos trabalham em prol do bem.
Lógico que teorias diversas são espalhadas. Já ouvi que tudo deve ser creditado a dupla formada por Jorginho e Felipe, que por vezes atuaria como um auxiliar técnico informal. Conhecedores das tramoias e ciladas do mundo da bola, eles administram o vestiário para blindar contra crises políticas e a crise financeira vivida no clube.
Outros elegem Gustavo Bueno como responsável. Sem ele, alguns argumentam, não existiria o retorno de Roger ou o enxugamento da folha de pagamento.
Os puristas de plantão apontam o dedo para o gramado e elegem Roger. Maduro, experiente, com boa noção tática, ele trouxe novas opções sem perder a determinação de buscar o gol.
Ao invés de eleger um único herói, minha predileção é dizer que a vida é como um quebra cabeça. Cada peça encaixada colabora para que a paisagem seja inesquecível. No fundo, cada um colabora para que a beleza prevaleça e o torcedor sonhe com o retorno à primeira divisão. (Elias Aredes Junior)