A Ponte Preta está fora da zona de classificação. Oscila demais na Série B do Campeonato Brasileiro. Não é questão de procurar culpados e sim de refletir sobre o óbvio. Se a campanha irregular é porque alguma peça da engrenagem apresenta falha. E neste caso três componentes entram na berlinda: técnico, jogadores e dirigentes.
Dos atletas, os problemas já são conhecidos. Gerson Magrão e Matheus Vargas arrebentam com qualquer tentativa de recomposição do sistema defensivo e Roger dá uma cravo outra na ferradura. É caso de tirá-lo do time titular? Não. É impossível deixar de constatar que o atleta não demonstra o poder de decisão que todos esperam. Em resumo: balançar as redes.
Também não há como isentar o técnico Jorginho. Ele até tem razão em dizer que a apatia reinou no tempo inicial contra o CRB. Colaborou para a derrota. Fato. Agora, um raciocínio. Não existe ninguém com mais conhecimento do time do que ele. Dominio do vestiário. Hoje, todos elogiam as entradas de Everton, Rafael Longuine e Tiago Real.
Ok, Longuine é recém-chegado do departamento médico. Mas e os outros dois? Não mostraram as qualidades que exibiram no gramado durante os treinamentos? Porque então não pensou em uma mudança pontual para colocar um dos dois desde o inicio? Não poderia ir com força total desde os minutos iniciais com um ou outro jogador? Fica como reflexão.
Agora, os dirigentes não podem ficar fora do escopo de cobrança. Nem Gustavo Valio, Gustavo Bueno e José Armando Abdalla Junior. Não adianta apenas pagar em dia. Isso é obrigação. Ou fornecer infra-estrutura. É necessário ficar atento aos mínimos detalhes.
Sendo claro: Gustavo Bueno bancou Jorginho após a derrota para o América Mineiro. Ele foi retribuído? Ou seja, o time melhorou? Mais: o que explica seu silencio diante desta oscilação de rendimento. Sim, esta é a realidade. Ganhou do Guarani com rendimento bem meia boca, teve desempenho ruim contra o Figueirense e patinou com o CRB. O que foi feito? Fica tudo por isso mesmo? O silêncio é aliado de Gustavo Bueno neste instante?
Cobrar apenas o técnico Jorginho é cômodo. Todos tem uma parcela de responsabilidade nesta irregularidade pontepretana na competição.
(Análise feita por Elias Aredes Junior)