Palmeron Mendes Filho pediu afastamento da presidência do Conselho de Administração. Isso não quer dizer necessariamente da vida política do Guarani. Pelo contrário. Como ainda nada foi devidamente esclarecido, é de se presumir que continuará com influência nas decisões do clube e com assento no C.A. Nunca é demais lembrar: em várias resoluções, cada voto no C.A é decisivo.
Qual o efeito prático na vida do Guarani? Não sabemos. Há uma confusão das forças políticas dentro do Guarani. Não há conhecimento até que ponto Roberto Graziano influencia ou sua opinião é levada em consideração.
Não se sabe se Ricardo Moisés, o novo presidente, terá autonomia para implantar as suas ideias e o seu jeito de administrar. Sim, porque não podemos esquecer. Há poucos dias, Assis Oliveira adotou a mesma manobra: abriu mão da vice-presidência mas continuou no C.A.
Tirar Palmeron e Assis dos principais será suficiente para aplacar a sede de vingança dos oposicionistas? Fará o Guarani caminhar em águas tranquilas que sejam suficientes para viabilizar uma recuperação que hoje parece improvável?
Friamente, eu digo que será mais do mesmo. A crise vai se aprofundar e a perspectiva de recuperação ficará cada vez mais distante. E Ricardo Moisés será responsável por expor na vitrine um histórico de incompetência e de erros administrativos.
Pode sair tudo certo e ocorrer um final feliz? Até pode. Afinal, no Guarani tudo é possível.
(Elias Aredes Junior)