Em um bate papo com os jogadores no último sábado, o presidente da Ponte Preta, Sebastião Arcanjo, afirmou que chegou a hora do elenco retribuir todo o investimento feito para o Campeonato Paulista e a Série B. Um discurso de estadista à primeira vista, mas que padece de sustentação ao verificarmos os fatos.
Atleta de futebol precisa e deve produzir. Sempre. Foram contratados para isso. Só que pagar salários em dia não deveria gerar um “plus” na cobrança. Não faz nada mais do que a obrigação. Sem enrolação.
Além disso, na atualidade, a Ponte Preta não oferece nada excepcional para exigir e colocar os jogadores contra a parede.
Não podemos que o atual Centro de Treinamento localizado no Jardim Eulina é, com muita boa vontade, funcional. Está muito aquém de equipamentos construídos por Mirassol, Criciuma, Ceará, Fortaleza, entre outros.
Dou um exemplo prático.
Um atleta X tem uma lesão muscular grave. Como abreviar o seu tempo de recuperação diante daquilo que é oferecido pela Macaca que não consegue acompanhar aquilo que é disponibilizado pelas principais equipes do país? Diante disso, a cobrança enfática vai para o vinagre.
Palavras de ordem podem ser bonitas para agradar ao torcedor. Mas não resolvem. O que soluciona é colocar a mão na massa e viabilizar que a Ponte Preta recupere o tempo perdido.
(Elias Aredes Junior)