Jogadores de futebol, torcedores e dirigentes deveriam entender que alguns males produzem benefícios. E não podem ser desprezados.
Na sua entrevista coletiva de apresentação, o meia atacante Giovanny discorreu sobre a presença do Guarani no grupo D, ao lado de Corinthians, Ferroviária e Bragantino. “Pessoal está falando de grupo da morte e que são quatro equipes muito fortes. Só que estamos na nossa. Trabalhando e quietinhos. Vamos fazer grande competição. Tenho certeza disso”, disse o atleta.
O politicamente correto impede o jogador de falar a real. O sorteio deu ajuda ao Guarani para conseguir o seu objetivo principal, que é a permanência.
Pense. Imagine se tivesse que enfrentar o Red Bull Bragantino, hoje um elenco muito mais robusto e vitaminado graças aos euros dos austríacos. O que dizer então da Ferroviária, hoje nas mãos de investidores e que mostra disposição de fazer diferença na competição.
Do Corinthians, nem precisamos falar. O time retrancado de Fábio Carille está no passado. Tiago Nunes quer implantar a coragem. Responda: esse time do Guarani conseguiria quantos pontos contra essas equipes?
Ninguém é doido de dizer que os outros 12 times envolvidos são fracos. Nada disso. As partidas serão duras. Mas não dá para reclamar do sorteio. Para quem sonha com a conquista de pelo menos 12 pontos foi uma mão na roda.
(Elias Aredes Junior- foto de David Oliveira)