Durante a reunião do Conselho Deliberativo realizada neste sábado no estádio Moisés Lucarelli, o orçamento de 2020 recebeu uma readequação e agora será de R$ 49 milhões. Desse total, R$ 28 milhões serão direcionados ao futebol profissional. A exposição destes números coloca uma faca no pescoço do executivo de futebol Gustavo Bueno e no técnico Gilson Kleina.
Para começar o clube vai investir mais dinheiro para tocar o clube. No ano passado, o mesmo Conselho Deliberativo aprovou um orçamento de R$ 39,9 milhões para 2019. Um acréscimo de aproximadamente 22%. Se levarmos em conta que a inflação do ano passado foi de 4,31%, de acordo com o IPCA não há como deixar de constatar de que existe um aumento real.
Do total de R$ 49 milhões, aproximadamente R$ 28 milhões serão utilizados para tocar o departamento de futebol profissional. Vou traduzir: de cada 100 reais que vão entrar na Macaca, R$ 58 serão utilizados para tocar os planos da dupla Gustavo Bueno e Gilson Kleina. Para o padrão financeiro da Ponte Preta não é algo desprezível.
Falta melhorar a infra-estrutura? Oferecer condições de trabalho no nível de agremiações como Bahia e Athletico Paranaense? Nem se discute.
Só que dentro daquilo que é possível ouso dizer que a Ponte Preta está indo até além de suas possibilidades. Diante disso, fica ainda pior a situação da diretoria e da comissão técnica diante daquilo que foi apresentado na estreia contra o Santo André. Porque gastar para apresentar um futebol pífio é de deixar qualquer torcedor em baixa.
É o mesmo que a dona de casa ir ao açougue com dinheiro para comprar um pedaço de alcatra para fazer um churrasco e quando abrir o pacote verificar que adquiriu acem. Moído. Alimenta, sustenta, mas era aquilo que a familia esperava no jantar diante da grana disponível.
Passar mais um ano sem acesso será uma prova de incompetência da diretoria de futebol. Que o vacilo não se repita.
(Elias Aredes Junior)