Fumagalli carimba seu lugar na galera de heróis do Guarani

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Um craque não é forjado apenas e tão somente por conquistas. Sua tarefa é embalar partidas inesquecíveis, capaz de convencer corações ainda pequenos de que o futebol é entretenimento, um modelo de negócio, mas é acima de tudo paixão. Cito alguns exemplos que entraram para a história.

Em 1980, Vasco e Flamengo disputaram palmo a palmo o passe de Roberto Dinamite, pertencente ao Barcelona. Com a ajuda do então diretor Eurico Miranda, o centroavante voltou ao estádio de São Januário.

Na sua reestreia, uma atuação de gala. O Vasco venceu o Corinthians por 5 a 2 o novo camisa 10 vascaíno marcou os cinco gols. Era questão de dominar, chutar e colocar na rede. Impecável.

No ano seguinte, o Flamengo decidiu a Copa Libertadores de América em uma série de três jogos contra o Cobreloa. Após uma vitória para cada lado, a decisão foi em Montevideo. E Zico provou por A mais B que merecia a alcunha de gênio da Gávea. Teve um jogo memorável e fez um gol de falta antológico.

Dei esses dois casos para tentar relacionar o papel de Fumagalli diante do ABC. Fez três gols, deu uma assistência e não parou um minuto sequer. Talvez tenha sido sua melhor atuação com a camisa do Guarani. Uma atuação soberba, a altura do que Amoroso fez na vitória sobre o Corinthians por 2 a 1 no Campeonato Brasileiro de 1994. Ou o desempenho de Edilson e Edu Lima no dia 18 de novembro de 1992, quando cada um fez dois gols.

Já relatei diversas vezes que Fumagalli está para o Guarani como o zagueiro Roberto Dias para o São Paulo nos tempos de construção do estádio do Morumbi na década de 1970. Por que? Simples: jogou no Brinco de Ouro em tempos bicudos e ainda proporcionou breves instantes de felicidade ao torcedor. Não é pouco.

(análise feita por Elias Aredes Junior- Foto de Israel Oliveira- Assessoria GFC)