A pergunta que não quer calar: Quem tem medo da verdade no Guarani?

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De maneira correta e dentro do espirito democrático, torcedores do Guarani estiveram em reunião com o presidente Ricardo Moisés. Pediram explicações sobre diversos assuntos, como a dispensa de Ricardinho, o processo político e a exigência por uma reação na Série B a partir do jogo contra o Náutico. As informações dão esclarecimentos foram dados pelo comandante do Conselho de Administração.

Os pedidos não eximem a necessidade de realizar uma autocritica tanto para torcedores, dirigentes, jogadores e integrantes da crônica esportiva. Na atualidade, salvo algum fenômeno futebolístico, a temporada bugrina é de manutenção. E assim será por muitos anos.

Ficar na zona intermediária da tabela da Série B e aguardar o clube ser reestruturado ainda mais para brigar por um acesso e permanecer na divisão de elite de modo sólido. Sei que reformas estão sendo feitas no estádio Brinco de Ouro em diversas frentes. Só que bem ou mal, queiramos ou não, por maior que seja o capricho, tudo que é feito no local é improviso. Por que? Um dia o estádio será entregue para o empresário Roberto Graziano e aí tudo irá abaixo. E só com o novo estádio, Centro de Treinamento e sede social é que teremos a perspectiva de novos tempos. Enquanto isso, sobreviver com dignidade deve ser a palavra de ordem.

Pergunto: por que alguns exprimem horror e temor por esse cenário? Por que não admitir que o Guarani, em virtude de desmandos cometidos no passado, terá que conviver com esse fardo de ser um coadjuvante do futebol brasileiro?

Lógico, ninguém deve largar de ser ambicioso. E tampouco chorar se o acesso vier. Só que o bom desempenho nas primeiras rodadas do Paulistão e no segundo turno da Série B-2019 são um ponto fora da curva em relação ao que o Guarani pode e deve oferecer em condições normais. Reavaliei e cheguei a tais conclusões.

O Guarani não deve temer a verdade. É o passo inicial para voltar aos dias de glória e de excelência.

(Elias Aredes Junior)