Zanocello e Camilo fora por lesão. Ficou tudo nos pés de João Paulo. Que Brigatti abuse da criatividade para montar um time competitivo

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Quando foi contratado no inicio do ano, o armador João Paulo foi eleito de cara como a estrela da companhia da Ponte Preta. Um jogador capaz de desequilibrar partidas e fazer chover. A inserção de Vinicius Zanocello em alguns jogos e a chegada de Camilo criou em alguns torcedores a  ilusão de que a Macaca tem um vasto elenco. Uma máquina de jogar futebol.

Nada como os fatos para projetar a realidade. O departamento médico pontepretano fez dois anúncios nesta sexta-feira que dão um tiro direto no coração do setor de criação pontepretano.

Os exames realizados no meia Camilo detectaram um edema na musculatura posterior da coxa esquerda. Consequência: está fora das partidas contra Sampaio Correa e Paraná. Vinicius Zanocelo, por sua vez, sentiu dores durante o treinamento em Fortaleza, passou por exames no local, e foi detectado edema no músculo retofemural da coxa esquerda. O atleta também terá de passar por tratamento, de forma que já está retornando hoje para Campinas.

Moral da história: a Alvinegra terá que contar apenas com o trabalho de João Paulo para criar as jogadas. Luan Dias? Seria uma saída, mas também está lesionado. Ou seja, para atuar ao lado de João Paulo, a criação vai depender de Neto Moura e Luiz Oyama. Volantes. De construção. Não são armadores de natureza. A conjuntura força o improviso. O mesmo acontecerá se Ernandes for o escolhido.

Ou seja, ao contrário da chiadeira de alguns e a adoção de negação da realidade, as lesões fizeram com que a montagem do time para os próximos 180 minutos seja um tiro no escuro.

Você discorda? Se for em cima de argumentos racionais e plausíveis, ótimo. Trocar ideias sempre é salutar. Agora se for pura e simplesmente por pirraça, sinto-lhe dizer: na Ponte Preta, a realidade lhe derrotou de goleada.

(Elias Aredes Junior)