Ricardo Catalá e Guarani: urgência na obtenção de resultados e paciência com a nova comissão técnica. É possivel conciliar?

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Quem assistiu ao jogo desta segunda em que o Guarani empatou com o Oeste por 1 a 1 já viu que o torcedor bugrino terá que utilizar boa dose de paciência. Primeiro porque percebe-se um certo nervosismo dos atletas bugrinos para executar os aspectos fundamentais do jogo. Questão emocional pesa. Muito.

Só que do seu jeito, Ricardo Catalá exibiu um esboço do que pretende.

Em boa parte da confronto não se viu aquele Guarani focado em valorizar a posse de bola, de aproximação e envolvimento do oponente. O que se tentou foi um jogo mais vertical, voltado ao gol e que primava pela velocidade.

Apesar de não terem conseguido buscar a linha de fundo, os laterais foram acionados em determinadas situações. Faltou mais triangulações e jogadas de penetração, algo que pode ser construído com o passar do tempo.

No meio-campo, imprimir velocidade virou a chave mestra e que muitas vezes esbarrava em erros de passes, especialmente de Lucas Crispim. Lembrete: no ano passado, o mesmo Crispim destacou-se por ser o homem de desafogo e velocidade pelo lado esquerdo. Ou seja, não é o caso de desistir do jogador. T

Teremos uma ideia mais clara a partir do confronto com o Operário. Catalá terá a disposição pelo menos duas sessões de treinamento para introduzir alguns conceitos. Pela sua entrevista coletiva pós jogo, não ficarei espantado se Catalá aprofundar os conceitos do chamado jogo posicional, que tem como premissa organizar a equipe para atacar e com isso viabilizar a distribuição dos jogadores pelo campo  e atacar em bloco e com objetividade.

O jeito é aguardar. E esperar que os resultados apareçam em curto espaço de tempo. Não dá para conciliar? No Guarani terá que ser assim.

(Elias Aredes Junior com foto de David Oliveira-Guaranipress)