Falecido neste domingo, Luiz Carlos Ferreira foi um técnico conhecedor do futebol paulista. Especialmente no interior. Acumulou diversos acessos e esteve no futebol campineiro em duas ocasiões. Em dois posts diferentes vamos abordar as suas duas trajetórias e demonstrar que ele estava inserido em dois instantes históricos e emblemáticos.
A chance inicial foi recebida em agosto de 1990. Era final da última trajetória de Lauro Moraes como presidente. Existia um clima de otimismo após o acesso conquistado na divisão intermediaria em 1989.
No Paulistão, sob o comando de Nicanor de Carvalho, a equipe colheu como saldo 11 vitórias, 11 empates e 11 derrotas, com 33 gols marcados e 34 sofridos. Pelo menos assegurou a conquista da vaga para o Paulistão do ano seguinte.
E onde Ferreirão entra nesta história? Após muita pressão, a CBF resolveu organizar a Série C e a Federação Paulista tinha a capacidade de designar quatro vagas. Para isso, organizou uma seletiva.
A Macaca ficou no grupo B ao lado de São Bento, Santo André, Ituano e Mogi Mirim. Com Ferreirão no comando, o saldo foi de duas vitórias e dois empates. Foi classificada ao lado de Mogi Mirim, além de Noroeste e América, classificados pelo grupo A.
Quando foi a Série C, o desempenho pontepretano no Grupo F foi decepcionante com uma vitória, uma derrota e dois empates. Resultado: em outubro, a temporada já tinha acabado para a Ponte Preta.
Mesmo com o saldo de 3 vitórias, 4 empates e 1 derrota, Ferreirão deixou as portas abertas. Ficou próximo de voltar algumas vezes. Sinal de que honrou a camisa da Macaca.
(Elias Aredes Junior)