Ponte Preta e a liderança na Série B: a evolução já aconteceu. E muitos não perceberam.

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Futebol não se constrói da noite para o dia. Times inesquecíveis não são feitos em um toque de mágica. Uma engrenagem complexa, cuja falhas devem ser entendidas como um quebra cabeça para ser montado de maneira paulatina. O treinador não pode ter um comportamento estanque.

A comissão técnica liderada por João Brigatti adota uma postura de busca de reciclagem constante. . Você perde tanto tempo em reclamar nas redes sociais, de exigir um futebol de sonhos da Macaca e não percebe as evoluções ocorridas. Tem defeitos? Um monte. Mas é inegável que existe a tentativa de formar uma base e um jeito de jogar.

A marcação no meio-campo era frouxa. Retira-se Neto Moura e coloca-se Dahwan. Tem limitações? Posso até concordar. Mas tem a pegada necessária para dar a estabilidade ao setor defensivo. Agora com produtividade linear com a presença de Alisson e Wellington Carvalho. São rebatedores, tem limitações na saída de bola – o que abre espaço aos oponentes – mas jogam no limite. Se entregam. Na Série B, tal comportamento basta.

A presença de Matheus Peixoto pressupõe a busca de um atleta de instigue a zaga adversária, que force o erro, que demonstre eficiência na bola parada. Acredite: tal requisito não ocorre da noite para o dia.

Repito: ainda existem problemas. A saber: espaçamento entre os setores durante boa parte do jogo, falta de companhia efetiva para Apodi buscar a linha de fundo, dependência de João Paulo para incrementar o setor criativo.

Espera-se que esses pontos sejam consertados. Como outros já foram e viabilizou a colheita de frutos, cujo sabor mais visível é a liderança provisória da Série B.

(Elias Aredes Junior)