Uma análise sobre os primeiros sinais emitidos pela Ponte Preta com Marcelo Oliveira. É para ficar otimista?

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Perder nunca é legal. Ser derrotado é porta aberta para destruir a autoestima. Mas a atuação da Ponte Preta diante do Cuiabá emitiu sinais para que que o torcedor espere que aconteça a repetição nesta segunda-feira contra o Náutico, na casa do adversário.

Apesar de tudo ter sido feito na base do papo e do vídeo, já se verificou um esboço daquilo que deseja o técnico Marcelo Oliveira: uma equipe capaz de criar um volume de jogo que sufoque o adversário e proporcione oportunidades de gols. Alguns jogadores atuaram abaixo do desejado, é verdade. Apodi é um exemplo. Mas se verificou um conceito, uma maneira de agredir o adversário.

Com a entrada do volante Bruno Reis ficou constatado : não dá para abrir mão de um volante clássico de contenção. Seja por fortalecer a marcação ou até para que exista alguém mais adequado as características da Série B do Campeonato Brasileiro. A possível contratação de Barreto é aposta interessante. Não só porque seria uma nova opção para volante como também conhece como poucos os atalhos da Série B.

E Matheus Peixoto? Torcedores não pensam duas vezes e criticam o camisa 9. A acusação é de que erra gols fáceis e é caneleiro. Como já escrevi anteriormente, a Ponte Preta não precisa do Cristiano Ronaldo para balançar as redes na segundona. Precisa de gente capaz de fazer um trabalho de pivô e que sirva para arrematar as jogadas áereas, quando a Macaca atuar focada no aumento da amplitude do gramado. Claro, ele está em má fase técnica, mas quem levantou a voz contra ele em sua chegada? É correta uma condenação sumária?

A possível chegada do atacante  Bergson é boa por dois motivos: traz alguém para concorrer com Matheus Peixoto e concede outra alternativa interessante ao treinador. Qual? Em situações extremas, se precisar de um gol de empate ou da vitória, pode-se apostar na colocação de Matheus Peixoto e de Bergson, dois atacantes para explorar o jogo pelo alto e dificultar a zaga oponente.

Não, o time não vai jogar por música do dia para a noite. Não há tempo para treinos e atividades. Mas a trajetória de Marcelo Oliveira no mundo do futebol pode dar esperança ao torcedor de que é possível fazer mais com menos.

(Elias Aredes Junior)