Gabriel Mesquita é um dos principais personagens do Guarani nesta fase sob o comando de Felipe Conceição. Ágil, bons reflexos e participações decisivas fizeram com que o arqueiro de 22 anos ganhasse a confiança da torcida, da comissão técnica e imprensa.
E indiretamente livrasse a cara do preparador de goleiros, Gilberto Félix, que estava sendo contestado devido as atuações irregulares de Jefferson Paulino e Rafael Pin.
A presença de Mesquita, no entanto, gera um sentimento estranho. Em curto e médio prazo é uma solução sólida e confiável.
Em longo prazo vai virar uma dor de cabeça ao departamento de futebol. Como ele está emprestado pelo Athletico Paranaense até o final da Série B, assim como Rafael Pin, que retornará a Internacional de Limeira, o Guarani entrará fevereiro de 2021 sem titular absoluto na posição, apesar da presença de Lucas Cardoso, revelado no clube e de Carlão, hoje destinado a Copa Paulista.
O jeito será apostar em novos valores do mercado ou acreditar em um algum talento oriundo das categorias de base, como Carlão, que provavelmente será o titular na Copa Paulista. .
Este é um sintoma de como o Guarani precisa reformular a sua política de revelação de atletas. Sejam aqueles formados em casa como aqueles que estão disponíveis no mercado.
Não é aceitável vislumbrar o quadro atual, em que o Guarani deverá a temporada de 2021 apenas com Carlão e Lucas Cardoso com perspectiva de encontrar-se no time titular. Planejamento mais desencontrado, impossível. Que Gabriel Mesquita seja devidamente homenageado por amenizar tamanha falta de visão.
(Elias Aredes Junior)