Vendo e refletindo sobre a principal notícia do esporte no Brasil desde ontem -a saída de Rogerio Ceni do Fortaleza a caminho do Flamengo- tratei de fazer algumas pesquisas e comprovar algumas teses.
No estado cearense podemos dizer que Fortaleza e Ceará são os “times grandes”. Times a serem batidos.
Ambos, são os clubes de maior evidência do estado em nível nacional.
Além disso, disputam a Copa do Nordeste, a “Lampions League”, sempre cotados como um dos favoritos.
Você torcedor da Macaca, sabe qual o valor das cotas para transmissão do Campeonato Cearense? Se eu falar que é de R$ 600 mil você acredita? Somente a Ponte recebe da Globo/PFC o equivalente a todos os clubes da primeira divisão cearense para disputar seus estaduais.
Na Lampions League, clubes do pote 1, caso do Fortaleza recebe R$ 2,2 milhões e ainda ficam atrás da Ponte para disputar o Paulista.
Mas que comparação é essa?
Na passagem pelo Fortaleza, Rogerio Ceni conquistou :
⁃ Brasileiro da Série B de 2018
⁃ Copa do Nordeste 2019
⁃ Cearense 2019 e 2020
E fez história em levar o time a disputar pela primeira vez a Copa Sul-Americana.
O que isso significa e o que tem a ver com a nossa Ponte? Tudo!
Mais provas que não é só dinheiro e -quantidade de- contratações que leva a conquistas.
Espírito vencedor e planejamento são fundamentais para clube evoluir e mudar de patamar.
São mais de 20 anos com a mesma administração e raros momentos que acreditamos que a Macaca poderia decolar nacionalmente e… nada! Pior, o que decolou na verdade, foi a dívida com Sergio Carnielli. De pouco mais de R$ 10 milhões para próximo de R$ 200 milhões.
Qual o legado dessa administração? Uma Arena?
A dívida de um empreendimento que o time não precisa?
O que muda o patamar do time é sua organização e planejamento fora de campo e principalmente dando condições de trabalho aos profissionais.
Sucatear o CT e a base não é uma escolha inteligente.
(artigo de autoria de André Gonçalves-Especial para o Só Dérbi)