Eduardo Baptista caiu no ostracismo junto a torcida da Ponte Preta. Faz uma reta final decepcionante de Campeonato Brasileiro e suas entrevistas coletivas geralmente são um espiral de decepção por causa de seus argumentos e explicações. Torcedores pedem sua saída e a contratação de uma nova comissão técnica para 2017. Tem algo que ninguém ainda levou em consideração: quem poderia assumir esta missão diante da conjuntura econômica da agremiação?
Eduardo Baptista, bem ou mal, está enquadrado na realidade do clube e recebe um salário que se encaixa dentro do padrão financeiro do clube. Outros profissionais, caso sejam requisitados, ou terão o impedimento financeiro ou estarão fora do padrão desejado pela própria torcida da Ponte Preta.
Guto Ferreira? Após o provável acesso com o Bahia, seu passe ficará caro e suas exigências ficarão acima daquilo que pode querer a diretoria da Macaca. Ou a Macaca poderá pagar um salário mensal de R$ 300 mil para qualquer treinador.? Não pode. Pelo menos com os atuais recursos. No mesmo caso enquadra-se Jorginho, atualmente no Vasco e guindado a condição de herói no Moisés Lucarelli após o vice-campeonato na Copa Sul-Americana de 2013.
Gilson Kleina? Tem uma ala da torcida que gosta do seu trabalho e é grato pelo acesso obtido na Série B de 2011. Mas outra ala está inconformada com sua saída para o Palmeiras em 2012 e a pecha de traidor está na sua testa. Queiramos ou não, esta é a realidade.
Marcelo Cabo, líder da Série B com o Atlético-GO? Claudinei Oliveira, do Avaí? Esqueça. A torcida pontepretana não aceita mais testes. Quer profissionais que cheguem para vencer e fazer história. E com currículo comprovado.
Resumo da ópera: torcedor pontepretano, você tem todas as razões para encontrar-se contrariado com o trabalho de Eduardo Baptista e queda de produção na reta final. Só que mudar o rumo da prosa não é tão fácil como parece.
(análise feita pela Elias Aredes Junior)