Guarani, Walber, Gabriel Mesquita e Athletico-PR: finalmente uma negociação com o Furacão e que teve final feliz

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O ano era 2005 e José Luiz Lourencetti passava um sufoco danado no Guarani. Já tinha nas costas os rebaixamentos do Paulistão de 2001, do Torneio Rio São Paulo de 2002 e do Brasileirão de 2004. Era o inicio da crise que colocou em risco a continuidade do Guarani.

Para tentar uma tacada de mestre, o então mandatário fez um acordo com o Athletico-PR, aquela altura já campeão brasileiro de 2001 e com boas perspectivas na Libertadores. O oásis englobava um fundo de investimentos. O start para o negócio foi o clube paranaense adquirir por R$ 1,5 milhão o percentual de 50% dos direitos econômicos de seis atletas: Juninho, Simão, Adam, Jonas, William e Roberto. Todos oriundos das categorias de base.

No final das contas, a negociação entrou para a história como exemplo de péssima negociação.

Eis que o Guarani, após 15 anos, pode contabilizar duas negociações com o furacão paranaense e com saldo positivo. Walber cresceu e demonstrou uma segurança que há muito tempo não se via na defesa. Comete falhas? Com certeza. Mas o saldo é positivo.

Assim como o goleiro Gabriel Mesquita. Que precisa ser aprimorado em vários requisitos e fundamentos, mas transmite um conceito que parecia sumido do Brinco de Ouro: segurança e confiança aos torcedores. Tanto que foi contratado em definitivo. No caso dos dois atletas, mérito ao superintendente executivo de futebol, Michel Alves, que soube prospectar os talentos.

Indiretamente, ele deixou a balança com o Furacão um pouco mais equilibrada. Antes tarde do que nunca.

(Elias Aredes- foto de Thomaz Marostegan)