Eu não sei quanto tempo vai durar esse aperto no coração. E sei que não sou só eu. É um momento que todos sentem. Uma tragédia que demonstra o quanto a vida pode ser traiçoeira e todos os sonhos podem se desmanchar de uma hora pra outra.
Eu, assim como muitos aqui, vivo intensamente a paixão pelo futebol. Seja trabalhando ou apenas como um torcedor apaixonado. Por isso é impossível não me colocar no lugar de cada envolvido na tragédia do avião que levava A Chapecoense, jornalistas e, principalmente, seres humanos como um todo.
A tristeza é muito grande. Cada mensagem, cada confirmação, cada gesto de solidariedade daqueles que ficam e sentem por aqueles que nos deixam , faz com que as lágrimas caiam.
Nada mais importa em 2016. O futebol brasileiro precisa se retirar de campo e apenas sofrer junto com aqueles que se sentem ligados diretamente a essa tragédia.
Em 2013, junto com meu time do coração,
eu fui atrás do mesmo sonho que a Chapecoense e seus torcedores estavam indo atrás. A dor que eu senti de não ver esse sonho se concretizar, hoje, não existe mais. A única dor possível agora é de saber que a vida pode ser tão mais cruel e o destino implacável.
Força, muita força. Pra todos nós.
(Texto de autoria de Paulo do Valle)