Ponte Preta, Guarani e os clubes brasileiros tem a missão de iniciar uma rede de solidariedade para reerguer a Chapecoense

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Não há muito o que dizer da tragédia acometida pela Chapecoense. Familias, amigos, parentes e fãs devastados pelo desaparecimento repentino de seus entes queridos. A cidade de Chapecó consternada e destruída pela partida de pessoas especiais, gente que produziu um sonho. Entre eles, o presidente Sandro Pallaoro, cuja administração foi retratada aqui neste Só Dérbi.

As autoridades vão investigar. Apontar as causas do acidente. O mundo do futebol, por sua vez, tem a missão e a obrigação de esticar a mão aos irmãos catarinenses. Eles não podem e não merecem ser prejudicados por uma jogada imprevista da vida. Ponte Preta e Guarani não se encontram fora da jogada.

Acredito que tanto os dois times de Campinas como os integrantes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro deveriam construir uma rede de solidariedade. Não só de assistência aos parentes e familiares perdidos no acidente, mas ajudar a Chapecoense para atravessar o ano de 2017.

Como? Simples: cada clube colocar a disposição, de graça, dois atletas dentro do patamar técnico e financeiro da Chapecoense para atuarem na Arena Condá na próxima temporada. Se os times da divisão de elite tomarem tal atitude, por exemplo, as chances de êxito são maiores.

De preferência com os salários pagos pelo clube solidário. Também não descarto a cessão de profissão por parte dos clubes para a formação da nova comissão técnica. A ajuda financeira também será necessária porque o clube catarinense, com toda a razão, deverá destinar os seus esforços de caixa financeiro para dar assistência aos parentes que perderam seus entes queridos.

Horley Senna e Vanderlei Pereira poderiam deixar as rivalidades de lado e entrar nesta corrente de solidariedade. É o mínimo que se espera neste momento tão difícil.

(texto de Elias Aredes Junior)