Ponte Preta e arbitragem: sem contato presencial na CBF não há ofício que dê jeito

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O futebol exige atenção total. Nas 24 horas do dia. Sem cessar. Ficar atento a qualquer medida que possa afetar o clube em médio e longo prazo.

Se levarmos em conta os acontecimentos ocorridos em Goiânia diante do Vila Nova e contra o Náutico no estádio dos Aflitos, fez bem o executivo de futebol Alarcon Pacheco em chiar e reclamar em relação aos erros de arbitragem.

Sua declaração foi cristalina: “Já são quatro ou cinco situações que estamos sendo bastante prejudicados. Temos registrados isso com ofício junto à CBF, e a gente cobra soluções. Temos de ver de ir pessoalmente à CBF cobrar, procurar apoio da nossa Federação Paulista para que a gente não sofra mais. Estamos deixando muitos pontos para trás”, afirmou o dirigente.

Deve-se elogiar um aspecto : a conclusão de que existirá necessidade de adotar uma postura presencial. Conversar olho no olho na sede da CBF. Por que? Porque futebol é uma grande teia de relacionamentos. É preciso construir contatos não para ser beneficiado e sim para reduzir o grau de prejuízo.

E antes que venham ilações, um adendo: até que se prove o contrário, árbitros venais não existem. O problema é o perfil.  Oriundo de Rondônia, Jonathan Antero Silva certamente não foi submetido a situações complexas nas competições regionais. O campeonato disputado na região norte não tem o grau de dificuldade e qualidade técnica dos principais centros.

O que a Ponte Preta pode e deve pedir é que os árbitros sejam provenientes de locais em que o futebol esteja mais desenvolvido. Certamente o índice de erros será menor. Agora, não espere que o quadro seja resolvido por uma tonelada de ofícios. No futebol, papel só aceita carimbo. Sem contato pessoal, tudo fica ao vento.

(Elias Aredes Junior-foto de Diogo Almeida-Pontepress)