Os novos comandantes do futebol bugrino e seus desafios para 2017

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Apresentado oficialmente como técnico do Guarani para a próxima temporada, Nei da Matta é o catalisador das esperanças do fim da agonia na Série A-2 do Campeonato Paulista. Chega respaldado pela boa performance com a camisa do Boa Esporte e pela sua postura serena e humilde. Em contrapartida, terá o respaldo de Marcus Vinicius Beck Lima e Giuliano Bittencourt nos bastidores. A estrutura de recursos humanos formada é boa. Tem boas chances de dar certo. Desde que alguns obstáculos sejam ultrapassados.

O preceito inicial é viabilizar uma blindagem no elenco e na comissão técnica em relações as eleições do clube, marcadas para o final do primeiro trimestre de 2017. Quem conhece o Guarani sabe das dificuldades geradas a partir dos debates acalorados ocorridos entre os candidatos e a guerra de contra informação, o que respinga no futebol. Basta relembrar o embate entre Horley Senna e Álvaro Negrão em 2013 e sabe do que falo.

Se já não bastasse a formação de um ambiente saudável, não há como ignorar os desafios colocados. Tanto os comandante do futebol como o novo treinador tem uma tarefa difícil, que é a de formar uma equipe competitiva juntamente com a necessidade de aprimorar a infra-estrutura. Não é fácil. Pense que não existirá mais aporte financeiro excedente da Magnum e que algumas questões judiciais podem atrapalhar a condução do dia a dia.

Existe um fator consolador: os novos personagens do futebol bugrino trabalham na escassez. O próprio Ney da Matta já confessou a carestia vivida no Boa Esporte com seis meses de salário atrasados e mesmo assim obteve o título. Marcus Vinicius, por sua vez, apesar de sua primeira experiência como superintendente de futebol do Guarani, exerceu funções semelhantes no Cascavel, Paraná, Criciúma e também como braço direito de Rodrigo Pastana no ABC de Natal (RN). Não consta que sejam clubes que nadam em dinheiro.

A bola é imprevisível. Prega peças. Podemos daqui a quatro meses buscarmos explicações para o fracasso bugrina na segundona paulista e temer por seu futuro na competição nacional. Mas a estrutura formada até o momento exibe uma perspectiva positiva: contrataram os homens certos para a missão necessária e urgente.

(análise feita por Elias Aredes Junior)