Papo reto e sem disfarces: contratou tem que pagar. Existem pendências com os jogadores da Ponte Preta e estas devem ser cumpridas. Especificamente as duas folhas referentes aos direitos de imagem.
A diretoria executiva não fez mais que sua obrigação ao pagar a folha de CLT aos jogadores que recebem integralmente nesta modalidade, como também os funcionários do clube.
Boa notícia? Nem tanto. Positivo porque devolve dignidade aos jogadores e funcionários. Mas atraso de salário apenas ratifica e comprova a ineficiência de formar a equipe e de planejar os custos. Este enredo comprova por A mais B que o atual presidente errou em dois aspectos.
O primeiro equivoco de Tiãozinho foi ter dado o passo maior do que a perna. Se o time tinha condição de uma folha salarial abaixo de 500 mil mensais, que assumisse a condição e explicasse ao torcedor. Ponto. Sem enrolação.
Outro equivoco chama-se comunicação. A equipe está nesse caos e convive dia após dia com noticias desagradáveis na parte financeira. Ou possibilidade de venda de jogadores. O que ele faz? Nada. E fica mudo.
A torcida, lógico, fica aflita. Com razão. Pergunta que não quer calar: e o mandatário do clube? Por que não convoca uma entrevista para explicar tais conjunturas?
O silêncio publico de Tiãozinho indiretamente gerou esse boicote insinuado pelos jogadores. Ora, se o dirigente não fala, não explica e por vezes delega a tarefa a tarefa a terceiros, qual a segurança que o jogador tem em relação ao comando? Nenhuma.
Em tempo: reafirmo minha incredulidade de que financiadores, mecenas ou salvadores da pátria se constituem na saída da Ponte Preta.
A Macaca precisa incorporar algumas palavras em seu cotidiano: planejamento, profissionalismo, cautela e prudência. Se isso fosse verdade, certamente o atraso de salários e dividendos não seria presente no cotidiano da Ponte Preta.
(Elias Aredes Junior- com foto de Rafael Ribeiro-Clube de Regatas Vasco da Gama)