Com cinco gols na Série B do Campeonato Brasileiro, Moisés é o principal jogador da Macaca na competição. Pode ser um ilustre desconhecido para o mundo da bola, mas no gramado é aquele que decide. Não é Rodrigão ou Camilo. Nem Ivan com suas defesas tem tamanho protagonismo. É Moisés e mais ninguém.
Nos minutos finais do jogo contra o Cruzeiro, o técnico Gilson Kleina ganhou um problemão: o jogador sentiu uma lesão muscular. Imediatamente entrou em tratamento e é evidente que o clube fará mistério até a bola rolar.
As perguntas ficam no ar.
A primeira é a seguinte: qual o padrão de análise para utilizar Moisés?
Como é um clássico e a Alvinegra precisa somar pontos não descarto a hipótese de Moisés atuar por 30 ou 40 minutos e depois ser retirado.
Motivo: não há jogador no elenco pontepretano com capacidade de puxar contra-ataques como ele; não existe jogador talhado para fazer um contra um como Moisés.
Mais: no Paulistão, a vitória pontepretana foi trabalhada em cima da lentidão da zaga bugrina. Como abrir mão de modo total desse expediente? Não dá.
Se o veto for inevitável, um outro drama é aberto. O elenco é fraco. Os outros jogadores de velocidade não detém a mesma capacidade: Niltinho, Richard…todos abaixo de Moisés. O que fazer? Como fazer?
Camilo e Fessin juntos? Aumenta-se o poder de marcação com Vini Locatelli e aposta-se na bola parada?
Não há como fugir da constatação: o modo da Ponte Preta atuar e atacar o Guarani será definido pelo Departamento Médico: se Moisés for liberado, a Macaca será uma; se for vetado, o figurino muda completamente. Um dor de cabeça severa. Era tudo que Gilson Kleina não precisava.
(Elias Aredes Junior com Foto de Diego Almeida- Pontepress)