Guarani na Série B: oscilação normal ou já passou o efeito da fase “Popeye”? Leia e entenda

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O principal aspecto positivo de um clube que se encontra em situação estável e quadro político normalizado é que podemos discutir aquilo que interessa: o futebol dentro das quatro linhas.

O Guarani empatou com o Cruzeiro, chegou aos 42 pontos e novamente o desempenho foi marcado pela irregularidade. Em alguns momentos, as oportunidades foram criadas com incrível facilidade; em outros momentos, os erros eram de dimensão gigantesca.

Cabe uma pergunta: o Guarani passa por uma oscilação normal na competição ou o quadro é de uma equipe que bateu no teto?

Tem chances de acesso?

Tem.

Pode produzir uma arrancada nas rodadas finais?

Claro que pode.

No entanto, não podemos dourar a pílula. Excetuando-se a vitória diante do Remo, nas outras rodadas em que pontuou no segundo turno, o Guarani agarrou-se muito mais no trabalho tático e físico do que na produção técnica dos atletas.

Régis é modelo. Luta, batalha, guerreia no gramado, mas ainda parece longe de seus melhores momentos. Rodrigo Andrade tem instantes brilhantes mas em outros desaparece da partida. E para completar o enredo, o time por enquanto (por enquanto!) está a pé de atacante. Junior Todinho não fez nem 30% daquilo que se espera dele e Lucão do Break…Bem, você sabe. A limitação é notória.

Não é o caso de jogar a toalha.

Uma reviravolta pode acontecer.

Mas a cada rodada, o Guarani transmite a impressão de que o desempenho em um trecho do primeiro turno ficou mais próximo do personagem Popeye, que ficava forte e invencível quando consumia uma lata de espinafre. É, parece que o efeito positivo da planta já passou.

(Elias Aredes Junior-Foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)