Chapa MRP diz o que fará para tirar a Ponte Preta do buraco financeiro

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Diante da publicação de matérias sobre o quadro dramático vivido pela Ponte Preta, requisitamos que o MRP nos enviasse uma resposta com base nas reportagens. Segue a íntegra da resposta:

A situação financeira e esportiva atual do clube é um reflexo acumulado de décadas de má administração. A Ponte não se preparou para ser autossustentável e andar com suas próprias pernas e a conta chegou! E chegou de forma dura!

Nosso passivo tem crescido ano após ano, simplesmente porque gastamos mais do que arrecadamos todos os anos. É claro que a conta chegaria e a razão é óbvia: falta de planejamento e uma gestão na base do improviso, decisões pensadas no curto prazo , contratações por impulso e falta de responsabilidade com o clube.

Erros grosseiros de montagem e planejamento dos elencos resultam em desperdícios e despesas não previstas de rescisões, quando não geram vultosos passivos trabalhistas, como os mais de R$ 20 milhões deixados apenas no ano de 2017.

E claro, tudo isso aliado a incapacidade do clube de gerar receitas expressivas, sejam na área comercial e de marketing, seja na venda de jogadores. Mas as receitas, infelizmente, não aumentam de uma hora pra outra!

 COMO BUSCAR RESULTADOS DE CURTO PRAZO

Para o curtíssimo prazo, portanto, não há outro remédio que não seja a EFICIÊNCIA e o foco será nos custos. Um choque de gestão e de corte de despesas, enxugando a máquina administrativa do clube. Vamos reaprender a fazer mais com menos. Montar elencos fortes com controle de custos. Planejar com precisão para evitar desperdícios e minimizar ao máximo as mudanças de rumo e planejamento ao longo dos campeonatos. Contratar certo e com assertividade, evitará despesas com rescisões, salários com jogadores não aproveitados e principalmente passivos trabalhistas, os grandes vilões da Ponte nos últimos anos.

 RESULTADOS DE MÉDIO PRAZO

Em paralelo, precisamos criar estrutura para aumentar nossas receitas recorrentes, que hoje são muito baixas e muito inferiores a clubes do mesmo porte da Ponte , como receitas de patrocínios, sócios, bilheteria, licenciamento de produtos, entre outras. Mas este crescimento das receitas requer tempo e os resultados não vem imediatamente. O processo precisa ser iniciado de imediato e passa por um amplo processo de recuperação da nossa credibilidade e da confiança e engajamento da nossa torcida e do mercado, para que entre 12 a 18 meses, já consigamos colher frutos. Para isso, temos um plano de marketing e comercial extremamente detalhado e de vanguarda, cuja implementação se iniciará no primeiro dia da nova administração, caso sejamos eleitos.

 O QUE ESPERAMOS NO LONGO PRAZO

E como temos colocado em todos os nossos materiais e apresentações, o grande salto de receitas da Ponte se dará pela valorização e profissionalização absoluta das categorias de base. É uma base forte, reveladora e de referência absoluta no Brasil que permitirá à Ponte montar times competitivos com custos menores, aproveitando e priorizando nossos talentos na formação dos elencos profissionais e consequentemente também alavancar nossas receitas com vendas de atletas.

Para nos consolidarmos na Série A, precisaremos aumentar em 7x nossa receita até 2030. É muita coisa! Nenhum clube jogará uma Série A com menos de R$ 200 milhões em 5 ou 6 anos. Somente a venda de jogadores nos permitirá este salto. Não há outro caminho! Mas o resultado também não é imediato e nem de médio prazo. Não começaremos a revelar e desenvolver talentos de forma consistente e recorrente em um passe de mágica. A base requer estrutura, profissionalização , profissionais especializados, ciência e tecnologia de ponta. Por isso, a viabilização do NOVO CT é prioridade absoluta do MRP para o primeiro ano da gestão, entendendo que teremos um ciclo de 5 a 6 anos para que os primeiros resultados apareçam. Já apresentamos em detalhes para toda a torcida e nossos conselheiros a estruturação financeira deste projeto do NOVO CT e começar agora é fundamental. Corremos contra o tempo. O distanciamento das Receitas entre os clubes está aumentando muito rapidamente e estamos muito atrás nessa corrida.