Um dia, ao conversar com o técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, por telefone, a pauta era o sucesso do técnico Fábio Carille, que iniciava sua trajetória no Corinthians.
Eu não entendia como um técnico recém-chegado ao profissional tinha uma eficiência tão vertiginosa.
Com paciência, educação, e didatismo Vadão me explicou que o companheiro de profissão aproveitava-se de um fenômeno sempre presente nos clubes quando alguém oriundo da estrutura interna era guindado a posição de técnico principal: todo mundo ajudava.
Do roupeiro, maqueiro e até o segurança, todos procuravam ajudar. Todos torciam para dar certo. Ele viveu isso no Mogi Mirim. Certamente Marcão desfruta de tal cenário no Fluminense. E todo e qualquer vestigio de fofoca era extinguido em segundos.
Lembrei desta passagem de Vadão quando entrevistava na tarde desta quarta-feira na Rádio Brasil o presidente eleito Marco Antonio Eberlin.
Eberlin está cheio de planos. Por estilo não revela. Certamente trará suas pessoas de confiança. Renovou o contrato de Gilson Kleina. Vai nomear o coordenador de futebol. Terá a diretoria executiva ao seu lado.
Mas todo esse plano fará água se a cada dia, minuto e segundo de seu mandato não ocorrer solidariedade em torno da instituição. Todos devem remar para o mesmo lado. Sem pestanejar. Cada gesto e atitude de qualquer funcionário tem que ser direcionado para esta corrente positiva.
E aqueles forem nomeados devem nutrir idêntica postura. Afinal de contas, os corredores do Majestoso sabem que a Ponte Preta andou de lado nos últimos anos porque se transformou em uma Central de Fofocas. Um diz que diz danado, em que versão valia mais do que o fato.
Tudo para emergir uma vaidade tacanha, ridícula em que a Ponte Preta era derrotada antes mesmo de entrar em campo.
A lição está dada. Tomara que todos tenham aprendido. Para o bem da Ponte Preta.
(Elias Aredes Junior-foto de Diego Almeida-Pontepress)