Análise: na Ponte Preta, uma atitude de transparência gera estranhamento. Como explicar?

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Dirigente histórico da Ponte Preta e um dos arquitetos do atual grupo política que está presente na agremiação, Marcos Garcia Costa é uma pessoa inatácavel na conduta moral e pessoal.

Com conhecimento deste patrimônio, ele utilizou suas redes sociais para anunciar que todos os salários estavam em dia no clube.

Não, não haverá qualquer tipo de critica a atitude do dirigente. Pelo contrário.

Ao anunciar que deixou as contas em dia, Marcos Garcia Costa cumpre com o compromisso de campanha do MRP e ratifica que a transparência é o mote de conduta da atual administração.

Mesmo que erros de gestão sejam verificados aqui e ali, a disposição de diálogo é algo que não pode ser desprezado.

Merece palmas.

Inclusive por parte do presidente Marco Antonio Eberlin. Você pode não gostar do jeitão do dirigente, recriminar a sua maneira ríspida mas é preciso reconhecer que quando você faz uma festa de aniversário e abre uma janela para a imprensa realizar entrevistas com duração de mais de três horas, pelo menos disposição para o diálogo com os meios de comunicação é um comportamento existente. Se a postura de Eberlin satisfaz o público ou não são outros quinhentos.

Agora, uma reflexão deve ser feita: por que Marcos Garcia Costa precisa utilizar as suas próprias redes sociais para conversar com o torcedor pontepretano? Porque precisa adotar tamanho desprendimento? Não é dificil adotar uma conclusão sobre o tema.

Repito: a atual administração tem falhas e equivocos como qualquer outra. O rebaixmento á Série A-2 é uma marca de tristeza e a obrigatoriedade de necessidade de buscar um novo rumo. Ninguém é perfeito. E é por isso que a vaidade não cabe nesta passagem da história pontepretana.

Mas por outro lado temos que reconhecer que, mesmo que em administrações passadas, a maior dificuldade do torcedor era obter informações sobre aquilo que acontecia no clube. Excetuando-se José Armando Abdalla Junior e Márcio Della Volpe, os presidentes ficaram conhecidos pela ausência de suas vozes na opinião pública.

Poucas entrevistas coletivas, esclarecimentos exiguos e informações truncadas que não ajudavam em nada o torcedor. Basta dizer que foi preciso que a imprensa, por exemplo, decupasse todas as ações trabalhistas surgidas a partir do rebaixamento no Campeonato Brasileiro em 2017.

Capricho exagerado? Nada disso. A Ponte Preta é uma Associação sem fins lucrativos. É uma entidade de interesse público. Então, informação nunca é demais. Marcos Garcia Costa mostrou respeito com o torcedor é a instituição. Que seu exemplo seja seguido.

(Elias Aredes Junior-foto de Diego