Uma derrota e tudo passa ser contestado. Nada tem validade. Tudo deve ser desprezado e jogado na lata do lixo. Esta é a rotina de quem vive na atualidade no cotidiano do futebol da Ponte Preta.
Parece que as cinco vitórias obtidas, a liderança absoluta na Série A-2 não valem nada. Entendo a frustração de dirigentes, comissão técnica e atletas diante da rigidez exibida nas redes sociais e nos veículos de comunicação. Mas tudo isso é fruto de que existem percepções diferentes colocadas á disposição.
Quem está dentro da Ponte Preta pode ter a sensação de injustiça porque a sua avaliação tem como alicerce o tempo do presente.
Ou seja, em cinco das seis partidas, o time jogou um futebol competitivo, ganhou de adversários diretos, produziu um novo xodó da galera- o centroavante Jeh- e viu exibições de boa qualidade do armador Elvis. Com tantos aspectos positivos, é injusto colocar um holofote tão forte em cima da atuação ruim de Novo Horizonte. Não há como tirar a razão em certo aspecto.
A questão é que as criticas tem o foco não no presente e sim no futuro. Guilherme Souza foi novamente agraciado com o cartão vermelho. Jogadores como Léo Naldi e Matheus Silva não estavam presentes e o rendimento foi comprometedor. E se o cenário for repetido nas quartas de final ou na semifinal da competição? O banco de reservas será capaz de responder as demandas do gramado? É também uma dúvida justa.
Que a Ponte Preta vai se classificar é um consenso até entre os adversários.
Que, aliás, em sua maioria, são times deficientes tecnicamente e em condições normais serão derrotados pela Alvinegra.
Mas a derrota para o Novorizontino exibiu fragilidades quando ocorre a subida do sarrafo. Que podem ser contornadas nesta fase inicial. E nas fases decisivas? Como será? Esta é a pergunta que precisa ser respondida pela equipe nas nove rodadas restantes da fase inicial da Série A-2
Artigo de autoria de Elias Aredes- Foto de Gustavo Ribeiro/Novorizontino