Não é adequado você tomar conclusões precipitadas após 90 minutos de uma partida inaugural de uma competição com 38 rodadas. O que é verdade em abril pode transformar-se em mentira em novembro. Existem trocas de técnicos, contratação de jogadores e uma série de fatos que interferem na dinâmica do futebol.
Só que simultaneamente não podemos fechar totalmente os olhos. Por que? Pelo fato de que se tudo tivesse desandado a malhação de Judas seria imediata. Quase não existiria defesa. Por isso não podemos ignorar o trabalho inicial de Bruno Pivetti no comando do Guarani.
Pode dar certo? Pode dar errado? Não sabemos. Mas os sinais emitidos foram positivos. Foi como você ver uma casa com alicerce levantado e com as paredes viabilizadas. Agora, a tarefa é partir para o longo trabalho de acabamento.
Existiu um esforço de incutir velocidade. De envolver o oponente na troca rápida de passes e o complemento certeiro. Por isso que talvez Régis tenha se adaptado tão bem. Ele era o arco que faltava para flechas com bom potencial como Bruninho.
Percebe-se também a dedicação em Isaque em buscar sua contribuição no jogo coletivo. Falhas? Os erros de passes e por vezes algumas brechas na compactação. Especialmente após tomar o gol de empate, o distanciamento entre os setores era nítido. É necessário corrigir este aspecto até para que a velocidade e a troca de passes tenha um papel relevante neste novo Guarani.
Por essa avant première dá para perceber o básico: Bruno Pivetti tem ideias claras e é trabalhador. Se isso ficará em cartaz nas 37 rodadas seguintes só o tempo dirá.
(Elias Aredes Junior- foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)