Guarani lembra de data comemorativa e mostra disposição em avançar na ação pela cidadania. Ainda bem!

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Nem tudo é terra arrasada. Clubes de futebol exibem evolução, mesmo que a passos timidos. Confesso que para a questão da cidadania e defesa de direitos de uma população marginalizada, o Conselho de Administração do Guarani marcou um gol ao relembrar em suas redes sociais a celebração do dia dos Povos Indigenas, que é no dia 19 de abril.

Você pode alegar: nada mais natural diante do fato do índio ser o simbolo do clube. Nem tanto. Há alguns anos, o Guarani não ignorava somente esta data, mas outras de cunho especial, como o Dia de Luta contra a Discriminação Racial- 21 de março-, o 13 de Maio e dia 20 de Novembro, dia da Consciência Negra. Nada, nada, nada. Nem uma lembrança. Mesmo que na história, o Alviverde tivesse dois presidentes negros – Jaime Silva e Palmeron Mendes Filho- e craques do porte de Zé Carlos, Jorge Mendonça, Amaral, entre outros.

O novo Conselho de Administração pelo menos demonstrou vontade de acertar. Já é algo.

Nesta boa vontade bem vinda, um outro passo poderia ser dado: uma declaração contundente e contrária aos casos de manipulação de resultados para beneficiar um determinado número de apostadores em sites de apostas.

O Guarani é gigante demais para ignorar lutas históricas e assuntos necessários para viabilizarmos uma sociedade feliz. Que a celebração do dia 19 de abril seja o passo inicial de uma alteração de postura.

(Elias Aredes Junior-Com foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)